Em um comunicado feito nesta terça-feira (23), o presidente Lula confirmou a decisão do governo em promover uma revisão na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O principal objetivo dessa iniciativa é manter a isenção do tributo para rendimentos de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.824 mensais. Antecipando a divulgação dessa medida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou detalhes durante uma entrevista no programa Roda Viva da TV Cultura.
A atualização proposta implica que os trabalhadores que recebem até R$ 2.824 por mês ficarão livres da obrigação de pagar o Imposto de Renda. Por outro lado, aqueles com salários superiores a esse valor serão tributados apenas sobre o montante que ultrapassar esse limite. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) estima que esse ajuste evitará que mais 2 milhões de pessoas paguem IR neste ano.
No ano anterior, o governo já havia realizado um aumento na faixa de isenção do IR, elevando-a de R$ 1.903,98 para R$ 2.112, além de instituir um desconto mensal de R$ 528 sobre o valor tributável de todos os salários. Com essas mudanças, a isenção subiu para R$ 2.640, equivalente a dois salários mínimos com base no valor de 2023.
Durante 2023, a combinação desse desconto com a faixa isenta de R$ 2.112 assegurou a não tributação para aqueles que recebiam até dois salários mínimos. Contudo, sem uma atualização, os que ganham um pouco abaixo desse limite (considerando o valor estabelecido para 2024) estariam sujeitos à tributação. O novo piso será de R$ 1.412 a partir de fevereiro. Importante observar que a tabela do IR não tem ajuste automático, não acompanhando o aumento mencionado.
A Unafisco ( Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) prevê que esta ajuste impedirá que mais 2 milhões de pessoas paguem IR em 2024, gerando um impacto fiscal de R$ 344,8 milhões para a União. Essa projeção parte do cenário em que, sem a atualização da faixa de isenção, os contribuintes que recebem dois salários mínimos (um grupo de 2 milhões de trabalhadores) teriam que desembolsar R$ 13,80 por mês (R$ 165,60 por ano) de Imposto de Renda. Esse valor corresponde a uma tributação de 7,5%, aplicada sobre a diferença entre R$ 2.640 (faixa isenta no ano passado) e R$ 2.824 (soma de dois salários mínimos em 2024).
Para evitar que esses 2 milhões de trabalhadores passem a arcar com o Imposto de Renda, o governo deve impulsionar o aumento da faixa de isenção, possivelmente por meio de uma medida provisória (MP) ainda neste mês. Importante ressaltar que, como o imposto é retido na fonte de pagamento, os trabalhadores perceberão essa diferença automaticamente.
O presidente Lula reafirmou seu compromisso de campanha de isentar de Imposto de Renda salários até R$ 5 mil, além do ajuste na tabela. Contudo, ainda não há uma data estimada para estender essa alíquota zero até esse novo valor. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou que a revisão da isenção de Imposto de Renda para acomodar o novo salário mínimo será definida até o fim deste mês. Neste momento, o governo está em fase de estudo para encontrar formas de compensação e ampliar esse benefício.
Não foi divulgado se o desconto automático de R$ 528 sobre o salário será mantido, e a Fazenda não planeja alterar as demais faixas do Imposto de Renda, mantendo, por exemplo, a alíquota de 27,5% para rendimentos acima de R$ 4.664,68 ao mês.
O Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) destaca que a defasagem na tabela do Imposto de Renda, acumulada desde 1996, atinge 149,56%. Analistas expressam preocupações acerca da extensão da isenção até R$ 5 mil sem indicação de novas fontes de receita.
Antes de 2023, a última atualização na tabela do Imposto de Renda ocorreu em abril de 2015, durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Com as alterações implementadas no ano passado, aproximadamente 13,7 milhões de brasileiros deixariam de pagar o imposto, conforme estimativa da Receita Federal. A redução de receitas foi projetada pela Fazenda em R$ 3,2 bilhões para 2023, R$ 5,88 bilhões para 2024 e R$ 6,27 bilhões em 2025.
Embora a medida anunciada por Lula tenha acendido um alerta amarelo em relação ao cumprimento das metas fiscais, foi recebida como algo “dentro do esperado” pelo mercado. O Ibovespa encerrou o dia com uma alta de 1,31%, atingindo 128.262 pontos, enquanto o dólar registrou uma queda de 0,66%, fechando em R$ 4,9551.
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Autor: Simples Soluções Contábeis
Referência: Portal Contábeis.
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